Já faz parte do passado, mas recordo hoje o jogador italiano falecido durante um jogo de futebol. As imagens de "luta" pela vida fizeram-me chegar a Jesus quando se encaminhava para o Calvário. Morosini tentou várias vezes levantar-se, mas não conseguiu mesmo depois da rápida intervenção médica: não estava só. Jesus caiu várias vezes e a custo foi ajudado pelo Cireneu: mas estava só.
A vida deste futebolista veio-se a revelar de muito dura, um Calvário provavelmente. Muito cedo órfão, um dos irmãos suicidou-se e cuidava da irmã, deficiente.
Inteirei-me deste caso após o dia 19 de Abril, quando a RTP apresentou a notícia das cerimónias fúnebres (ver vídeo). A locutora, a dado momento, referiu-se ao estado emocional do padre que realizou as exéquias dizendo que tinha chorado. O filme passou e quando chegou ao momento referido tivemos dez, é verdade dez, segundos de silêncio. Não queria acreditar que uma TV que cobra, bem alto, cada segundo de emissão tivesse dado a Morosini (igualmente a todos nós) dez segundos de silêncio. Foi bonito e bem haja à jornalista pelo "arrojo". A "peça" noticiosa terminou com uma lição: é que Morosini, certo dia, respondeu ao padre que a vida tinha-lhe dado mais graças do que recriminações.
Não tenho forma de atestar, mas aquilo que se conhece da vida deste jovem é suficiente para dizer que ele sabia Onde estava Cristo.
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