Voluntariado missionário
Mais de um milhar de jovens e adultos católicos envolvidos em projectos neste Verão
«O que leva cada vez mais portugueses a fazer voluntariado missionário e o que os distingue do simples voluntariado de cooperação? Este foi um dos temas em destaque no habitual debate das quartas-feiras, na Edição da Noite da Renascença, que teve como convidada Ana Patrícia Fonseca, da Fundação Fé e Cooperação (FFC). Só este Verão, são mais de um milhar os jovens e adultos envolvidos em projectos de voluntariado missionário de inspiração cristã, dentro e fora do país e Ana Patrícia Fonseca sublinhou que quem parte em missão não regressa igual: “Os voluntários trabalham com uma realidade diferente da que vivem todos os dias: contactam com situações de pobreza extrema”. Os voluntários voltam mais conscientes da necessidade de “cuidar da casa comum e relativizam muitos problemas”. Ana Patrícia acredita que isso acabará por transformar a sociedade: “Alguns chamam ao voluntariado missionário uma revolução silenciosa. A pouco e pouco, vamos mudando consciências, mudando maneiras de ser e de estar. Daqui a 20, 30 ou 40 anos, queremos que o mundo esteja melhor através destas pequenas acções”.
A importância de ter apoios
Ana Patrícia Fonseca lembrou, ainda, que partir em missão implica uma série de despesas: “As viagens são caras, é preciso pagar seguros, vacinas, os vistos”. Os custos são suportados pelos próprios voluntários e pelas instituições católicas que organizam as missões através da angariação de fundos. Não há apoio estatais. Os voluntários também não têm a vida facilitada quando regressam, sobretudo, os que partem em missões de longa duração, como alguns professores. A FFC está a tentar que a lei do voluntariado, que está a ser revista, garanta que esse tempo de missão seja contado como tempo de serviço.»
Por Ângela Roque
( Página 1 - Rádio Renascença, 12 de julho de 2012)
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