segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Um Deus que nos ama porquê?...

O Evangelho de ontem, segundo S. Mateus (cap. 16), é desconcertante. Reli-o várias vezes. Fixei-me em S. Pedro e nas suas palavras tão humanas. Jesus Cristo foi duro com ele, com os de mais e connosco. O Seu amor compromete, perturba-nos. Durante a homília ouvia as palavras do sacerdote e questionei-me sobre os sacrifícios que um cristão não pode deixar de os aceitar… Mas que sacrifícios tive na minha vida?... Não consegui encontrar um elemento que desse relevo a um estado no limite do sofrimento… Deus acumulou-me de bênçãos… Existiram momentos difíceis mas houve sempre uma explicação e assente na Fé.

Instantes depois li na “net” a tristeza do Papa Francisco por encontrar cristãos que não são o “sal da terra”. É um sentimento do homem, sacerdote e chefe da igreja que pegando na essência do Evangelho nos pede compromissos, valores e orações

Mais tarde, em convívio com o meu amigo Jesuíta, tivemos a notícia de um irmão que abdicou do caminho que estava fazendo na Companhia de Jesus. Justificou-se por carta, mas não deixei de reparar nalguma tristeza em que ficou o meu amigo que acrescentou dizendo que a formação de um sacerdote é complexa, com sérios desafios e de grande compromisso.

Contudo hoje uma outra notícia veio acrescentar um novo elemento a estes embaraços que Jesus Cristo manifestou no referido Evangelho: um jovem, depois de tantas interrogações e algumas crises, junto da sua família anunciou o seu profundo desejo de seguir o caminho rumo ao sacerdócio… Uma bênção a justificar a nossas orações.

Deus é assim, desconcertante e a “reclamar” de nós que façamos sempre o melhor.

Pintura exposta na Igreja da Sagrada Família em Viana do Castelo


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