sábado, 6 de fevereiro de 2016

Despenalização do Aborto - há volta a dar.

Revista "Cais", outubro.2015, Agostinho Almeida Santos (Médico Ginecologista)

"A sociedade, se se quiser reconhecer civilizada, tem de considerar, assim, o aborto como um acto pelo menos atentatório da vida de um novo ser indefeso e admitir que, sejam quais forem as razões invocadas para a sua prática, não pode deixar de se rotular, pelo menos, como um acto ilícito."

"No nosso país, os números oficiais, periodicamente divulgados, calculam em mais de 133 mil os abortos provocados em instituições de saúde desde 2008, ano em que foi promulgada a lei que despenalizou a prática abortiva em certas situações específicas, sendo em 2014 o número de abortos oficialmente contabilizados de 16.589 em contra ponto com os nados vivos registados nesse ano que foram de 82.367."

"(...) a taxa de natalidade será sempre superior à de abortamentos, pelo que se poderá deduzir que a maioria das mulheres rejeita liminarmente o aborto como solução para a sua gravidez e respeita, por isso, a vida que traz dentro de si."

"(...) não pode reduzir-se a um simples aglomerado de tecidos uma estrutura cujo coração pulsa entre o 18.º e 24.º dias após a sua formação biológica e na qual são detectáveis ondas cerebrais de actividade nervosa decorridos apenas 43 dias sobre a fecundação. Para além disso, é hoje facto assente que a partir das doze semanas de desenvolvimento embrionário o novo organismo pode considerar-se já como uma estrutura total onde apenas se vai verificar, depois, um crescimento e uma maturação."

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