terça-feira, 21 de agosto de 2018

A vida é um mistério mas é VIDA!

Mairela Belski dizia, não há muito tempo e no Jornal o Público, o seguinte: "Se a Argentina aprovar a legalização do aborto, ficará definido um novo padrão de progresso na protecção dos direitos das mulheres. Tal alinhará o país com outros que pretende copiar, como é o caso dos Estados-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a que a Argentina aspira aderir" (Ler+). Segundo ela a OCDE impõe regras abortivas de modo a apoiar os países alinhados por estes "direitos". Da pesquisa que fiz, entretanto, não apurei este "critério" mas a dúvida subsiste. Entretanto a Argentina não aprovou o aborto, tendo em conta as exceções em vigor, pelo que, e de acordo com Mariela, está fora da OCDE e por isso vai ter de "pagar" um custo... Que custo?...

Vem isto a propósito para divulgar a Revista dos Lusíadas Saúde (Ler+), que se refere às fases do desenvolvimento da criança ainda no espaço intrauterino e em que destaco estes dois parágrafos da referida publicação:
  • O neonatalogista Fernando Chaves, do Hospital Lusíadas Lisboa, tem observado como os recém-nascidos gostam de ser tocados pelos pais mas não por estranhos. E a este facto não é alheio que o desenvolvimento das papilas gustativas se inicie às 8 semanas de gestação e que, entre as 13 e as 15, estas sejam já semelhantes às de um adulto. E que o olfato se desenvolva pela mesma altura, pelo que o feto reconhece o cheiro da mãe. Ou que o bebé já tenha o sistema auditivo pronto às 20 semanas (apesar de só responder a sons altos cerca de 21 dias depois) e, portanto, identifique a voz do pai. É que, quando os bebés nascem, “os órgãos já estão quase totalmente amadurecidos”, sublinha o especialista do Hospital Lusíadas Lisboa.
  • E tudo começou apenas 280 dias antes, quando uma célula de 0,1 mm, o óvulo, foi fecundada por outra centenas de vezes inferior, o espermatozóide. Apesar de todos os avanços que vão proporcionando um conhecimento cada vez mais sólido, para a obstetra Paula Ramôa, do Hospital Lusíadas Porto, o início da vida humana compõe-se ainda de mistério. “Tem sido muito difícil avaliar o desenvolvimento sensorial do feto, o que o bebé sente e vê, como perceciona o desenvolvimento intrauterino e o ambiente que o rodeia. Não temos mecanismos para o avaliar diretamente”, diz à revista Lusíadas. Mas as técnicas que existem e os incontáveis estudos são um contributo para compreender a evolução que ocorre desde aquele minúsculo óvulo de 0,1 mm até ao recém-nascido com mais de 40 cm de comprimento – e é incrível.
A Dra. Paula Ramôa não tem dúvidas em sublinhar que o início da vida humana é um mistério e não deixa de adjetivar como "incrível" a união química entre duas células e todo o mistério que daí resulta.

A vida é um mistério mas é VIDA!
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Por, António Tadeu Costa

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