segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

A ditadura do futebol em Portugal

Desde cedo que os meus pais incluíram na minha formação educacional a prática de uma modalidade desportiva. O destino, mais tarde, levou-me a licenciar no domínio das Ciências Desportivas qualificando-me enquanto treinador e professor.
Este contexto serve para mostrar que de forma alguma sou avesso ao desenvolvimento desportivo, pois considero que o mesmo equilibra a formação do ser humano conferindo-lhe uma base de sustentação multidisciplinar e em interligação perfeita com as diversas educações.
Contudo a sociedade vem aniquilando esta paleta diversificada que é o desporto: o de lazer, de competição, de alta competição e o adaptado (competição e alta competição), uma vez que confere um desmesurado tempo para os fenómenos do futebol e nomeadamente, estranhamente, para tudo o que são os bastidores deste desporto... O futebol tornou-se sinónimo de milhões, por isso...
Acontece que nos últimos quinze dias fui almoçar com a família a dois restaurantes. Ambas as salas de refeição, de grandes dimensões, estavam decoradas com vários televisores. Nestes debitavam-se programas de futebol. O povo, sentado e em degustação, não tirava os olhos do ecran... Uma alienação em que as famílias, constituída por pessoas de várias idades, tinham como tema de conversa (será que houve diálogo?...) o futebol.
Não sei se a Santa Igreja tem capacidade para lutar contra esta alienação - o ópio do povo. Os domingos (Dia do Senhor) servem para o futebol e quase nada para o Senhor, pelo menos nas grandes zonas metropolitanas urbanizadas e não é de estranhar, também por isso, o seguinte gráfico da prática religiosa.
O povo tem aquilo que merece... Mas Deus não nos abandona - vimo-Lo aquando do caminho para o Calvário e como nos deu a sua Vida e Glória (Ressurreição).

Imagem em https://fronteirasxxi.pt/infografiareligiao/
Por, António Tadeu Costa


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