No dia 20 de março de 2003 iniciou-se a guerra no Iraque, que como em todas as guerras pretendia levar à defesa da soberania mas, igualmente, provocou tantas e tantas misérias humanas.
Mas vem isto a propósito para relatar o que no início do mês de abril de 2003 observei na Rádio Televisão Portuguesa: estavam as tropas norte-americanas a entrar em Bagdad e o Carlos Fino, um excelente jornalista e repórter, descrevia o que se passava. A multidão saudava a entrada das tropas quando uma velhinha, próxima do jornalista, dá a um soldado um ramo de oliveira. Carlos Fino relata que a senhora estava a oferecer uma flor.
Um grande erro quer de observação como de análise.
A minha interpretação foi logo outra. Estávamos próximos da Páscoa, aquela velhinha seria cristã e o gesto da oferta do ramo de oliveira era conotado como um ato de libertação. Liberdade semelhante que Jesus experimentou quando entrou em Jerusalém antes da Páscoa judaica. Jesus era o Salvador que o povo queria.
Procurei nos arquivos da RPT, que possui um excelente espólio, esta passagem mas não consegui, até ao momento, obter este facto. Talvez um dia consiga, mas mantenho viva na memória aquele acontecimento reforçada pela presença do Papa Francisco àquele país que decorreu este mês.
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