Bento XVI sabia porque era importante o Ano da Fé.
Eu explico.
A minha filha frequenta um curso de licenciatura na área
educacional. Como é comum falamos sobre
a vida académica. Ultimamente ela e colegas têm, nos momentos de pausa das atividades,
convivido e falado muito sobre o tema: a religião. Apercebi-me que o leque de
debate atravessa o vulgar “ser ou não crente”. Por vezes as conversas, segundo
me conta a rapariga, chegam a níveis de um grande confronto ideológico.
Tenho assistido a estes episódios com o distanciamento
necessário, ouvindo os argumentos da filhota e tentando neutralizar alguns
extremismos. Mas no final destes momentos fico animado de uma alegria por ver
que a juventude está sedenta da Verdade. Este lado banal de juntarmos
sentimentos e princípios a um exercício “instantâneo”, fugaz, do momento, de
alegrias tão passageiras, afinal de contas isto não serve aos jovens.
Eu sei que nestas conversas a juventude procura algo mais
que o vencer de um argumento. Por isso também percebo que para a nossa filha a
construção da sua Fé passa por estes momentos: quando defendemos os nossos
ideais esta acção permite uma maior consolidação dos princípios estruturantes
da Vida.
Enquanto pais demos aos nossos filhos um percurso que permitisse o conhecimento do caminho, a verdade e a vida - Deus – e que por meio do Seu Filho Jesus Cristo nos revelou a fonte da salvação. Eles sabem, por isso, que a vida é tortuosa, entusiasmante mas legitimada pela Fé.
Vou continuar a acompanhar os próximos “episódios”. Isto
promete mas tentarei demonstrar que não se pode perder a matriz ecuménica e
inter-religiosa.
Estamos mesmo no Ano da Fé.
Obrigado Papa Bento XVI.
Obrigado filha.
por, António Tadeu Costa
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